CR Inove vai estimular ligação entre o sistema científico e associações empresariais
Potenciar os recursos e competências existentes no domínio da inovação e melhorar a interação dos produtores de conhecimento e tecnologia com os potenciais utilizadores é um dos objetivos do CR Inove – Catalisador Regional de Inovação do Centro. O protocolo de constituição do CR Inova para a sub-região Oeste foi hoje assinado, na sede da Comunidade Intermunicipal do Oeste (Oeste CIM), nas Caldas da Rainha, na presença da presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Isabel Damasceno.
O CR Inove é uma iniciativa, liderada pela CCDRC, que pretende promover a cooperação e partilha de informação entre as Comunidades Intermunicipais, as entidades do sistema científico e tecnológico e as associações empresariais da região Centro.
Um “projeto ganhador”, diz a presidente da CCDRC, que considera ser “imprescindível” a ligação entre as empresas e a estrutura científica.
Na assinatura do protocolo, Isabel Damasceno sublinhou que este não é um projeto para ficar na gaveta. “Não é para ser mais um projeto, com muitas ambições (…), mas que depois do ponto de vista prático não dê nada”.
O CR Inove envolve 100 municípios da região Centro, a área geográfica necessária para efeitos de fundos comunitários. Um projeto, diz a presidente da CCDRC, que, “se tiver sucesso”, irá necessitar de financiamento por fundos comunitários.
Sérgio Félix é o diretor sub-regional no Oeste do CR Inove. Na assinatura do protocolo, destacou a importância do trabalho em rede.
Numa primeira fase, será feito um levantamento de todos os projetos de investigação e desenvolvimento que estão a ser implementados na região, nas universidades e nos centros de saber.
De acordo com Sérgio Félix, a segunda fase contempla o diagnóstico das empresas, “em termos de inovação e um levantamento das suas necessidades em termos de desenvolvimento, para que a investigação possa focar-se nessas necessidades”. Numa terceira fase, “a CCDRC abrirá avisos para projetos concretos nessas áreas identificadas”, sublinhou o responsável.
Presente na sessão de assinatura do documento, o presidente da Oeste CIM destacou a importância do CR Inove para a região. Um projeto, refere Pedro Folgado, que vai dar um “empurrão” para que as pessoas pensem em inovação.
O protocolo foi assinado entre a Oeste CIM, o Instituto Politécnico de Leiria, a FAERO – Federação das Associações Empresariais da Região Oeste, o COTHN – Centro Operativo Tecnológico Hortofrutícola Nacional – Centro de Competências, o Smart Farm Colab – Laboratório Colaborativo para a Inovação Digital na Agricultura, a ANP – Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha, a APMA – Associação dos Produtores de Maçã de Alcobaça, a AIHO – Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste e o OBITEC – Parque Tecnológico de Óbidos.
O protocolo estabelece que os parceiros assumem o compromisso de desenvolver iniciativas conjuntas em temáticas relevantes para o processo de promoção da inovação e que se comprometem a contribuir para a sistematização e atualização de informação e competências das entidades do Sistema Regional de Inovação pertencentes à sub-região, bem como a criar mecanismos de partilha e divulgação de informação. No caso do Oeste, as medidas vão ter como temática as questões da sustentabilidade, energia e rentabilização de recursos. No entanto, “não excluirão outras vertentes ligadas ao desenvolvimento das empresas, que poderão também ver abertos avisos para candidaturas”, refere Sérgio Félix.
Este é já o quinto protocolo assinado, depois do CR Inove já ter sido implementado nas sub-regiões de Aveiro, Leiria, Médio Tejo e Viseu Dão Lafões. Na Região Centro faltam ainda assinar três protocolos, que devem ser assinados até ao final do ano.
