Novo hospital do Oeste: Rui Prudêncio critica visão de autarcas de Caldas e Óbidos
O presidente da Assembleia Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Oeste (Oeste CIM) acusa os presidentes das câmaras das Caldas da Rainha e de Óbidos, que contestaram publicamente o estudo feito pela Universidade Nova de Lisboa quanto à localização do futuro hospital do Oeste, de terem “argumentos assentes numa visão egoísta, desfasada da realidade e de total desprezo por todos os restantes cidadãos” da região.
Rui Prudêncio acusa os autarcas Vítor Marques e Filipe Daniel de vir “mais uma vez com os velhos argumentos de um Hospital para o seu concelho”, não percebendo que, com esses argumentos, “não estão a defender os seu concidadãos e tão pouco defender o direito a uma saúde de qualidade e em tempo”.
Em comunicado enviado à nossa redação, Rui Prudêncio, repudia “firmemente” que este processo esteja a ser objeto de qualquer tipo de influências de qualquer partido, uma vez que todos os partidos políticos se empenharam na construção do novo Hospital do Oeste. Para o presidente da Assembleia Intermunicipal da Oeste CIM, “o novo hospital tem de servir todos os oestinos e não apenas alguns”.
O presidente da Assembleia Intermunicipal da Oeste CIM estranha ainda “a incoerência” neste processo, ao qual se juntou o presidente Câmara Municipal de Rio Maior, Filipe Santana Dias, “que pasme-se, não faz parte do Oeste nem tão pouco da Oeste CIM”.
Rui Prudência recorda que, ao longo dos últimos anos, muito se tem dito e escrito sobre a construção de um novo hospital para o Oeste. “Argumentou-se intensamente a necessidade de um hospital nas Caldas da Rainha, em Torres Vedras, em Peniche ou Alcobaça”. Esta discussão em torno de um hospital para cada concelho, “impediu durante 20 anos que todos os oestinos tivessem acesso a cuidados de saúde com qualidade e em tempo”, refere na nota.
Considera ainda que “todos aqueles que ao longo destes 20 anos andaram a discutir e argumentar um hospital para o seu concelho, nunca perceberam que os cuidados hospitalares evoluíram de tal forma que os pequenos hospitais concelhios não servem as populações que deles necessitam”. “Hoje vemo-nos confrontados no Oeste com cuidados hospitalares iníquos, porque continuamos divididos em três hospitais (Torres Vedras, Caldas da Rainha e Peniche) que por terem de dividir recursos não dão resposta às nossas necessidades”, sublinha Rui Prudêncio.
Rui Prudêncio considera que esta é a última oportunidade do Oeste “ter um hospital de fim de linha, que nos sirva a todos e não apenas a alguns”. “Queremos um hospital de final de linha, que não nos obrigue a sermos transferidos de hospital em hospital, porque os nossos não têm recurso de última linha. Não queremos continuar a dar entrada em Torres Vedras, Caldas da Rainha ou Peniche, para depois sermos transferidos para Lisboa ou Leiria. Esse não é um hospital concelhio, tem de ser um hospital para toda a nossa região Oeste”, concluiu.
A localização e o perfil do novo futuro hospital do Oeste será conhecida até 31 de março.